MULHERES DE PAPEL EM MACHADO DE ASSIS

MULHERES DE PAPEL EM MACHADO DE ASSIS, CLARICE LISPECTOR E CHARLOTTE PERKINS GILMAN: a presença feminina na literatura

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, económico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino”.

(Simone de Beauvoir, 1980, p. 9)

Em seus escritos, Machado, Lispector e Gilman discorrem acerca de questões inquietantes e inerentes à natureza humana, e sobre a dimensão que elas possuem em uma sociedade marçada pelo poder masculino. 5ª0 autores que expõem as realidades sufocadas, dissimuladas e (mesmo) proibidas das personagens, demonstrando, com isso, o grau de sofrimento oculto pela aparência de um cotidiano pacato.

Os autores escrevem sobre e a partir dos momentos em que a visão das personagens a respeito do mundo é posta em dúvida. Por isso, entrelaçam seus textos a experiências trágicas, atualizando, ao mesmo tempo, pensamentos e sentimentos de acordo com novas concepções do trágico associadas à vida mo erna.

Em Mulheres de Papel. .. , os textos analisados dialogam entre si, na medida em que apresentam semelhanças nos pontos de vista que desenvolvem, no tempo e o espaço que utilizam. É evidente que as leituras partem das obras literárias e retornam a elas. Afinal, as narrativas constituem-se formas paralelas ao apresentarem a relação do homem com o outro, com o mundo e com a própria existência.

Traz a produção de docentes da Linha de Pesquisa em Política e Gestão da Educação do PPGEdu/Faed/UFGD que procuram romper com dificuldades e condicionantes de contextos assimétricos nos quais estão inseridos. Esse processo viabiliza caminhos para a divulgação de sua produção e a melhoria da qualidade educacional, que marca a especificidade de uma educação, básica e superior, construída nesse tempo-espaço.